Começando nossa série de especiais sobre o álbum EROTICA, que completa 20 anos neste sábado, dia 20 de Outubro. EROTICA sem dúvida é um álbum especial na carreira de Madonna, goste voce ou não. EROTICA não é só Sexo, como o título dá a entender, e vai muito além deste tema. talvez com estes especiais, algumas coisas fiquem desmistificadas e o álbum seja visto com outros olhos.
Shep Pettibone, o produtor do álbum, fez uma série de anotações em um diário durante o período de gravação de EROTICA. E vocês estão prestes a ler estas anotações. Vão ver como muitas músicas surgiram, como era a relação dele e de Madonna e outras curiosidades. Vale a pena ler cada linha....
Boa viagem e boa leitura... Preciso agradecer ao ique do blog IMAGEM MADONNA, pois foi de lá que eu trouxe esse tesouro de texto. Valeu mesmo, querido!
Me lembro de quando Madonna e eu começamos a trabalhar juntos em Erotica.
Estávamos no estúdio que há em minha casa ouvindo uma das primeiras faixas e eu virei para ela e disse: "É
ótimo, mas não é Vogue". Ela me disse que nem toda música seria Vogue -
nem todos as músicas surgiriam como a mais vendida de todos os tempos. Ela
tinha razão, mas eu fiz a minha proposta de qualquer forma: "Eu acho que
estou sempre tentando me superar", eu disse, "o próximo passo deve
ser maior do que o último". E Madonna só virou e olhou bem fundo nos meus
olhos. O estrelato já tinha sido alcançado por ela há um bom tempo, mas ela
estava brilhando de um jeito diferente agora. "Shep", ela iniciou,
“não importa o quanto uma coisa é maravilhosa, você NUNCA deve fazer a mesma coisa
duas vezes". Então, ela se sentou para gravar os vocais finais de Erotica,
olhou para fora do terraço e para a noite de Nova Iorque. "NUNCA",
ela repetiu.
O diário de Erotica - Entrada 1[Julho - Agosto 1991]
Eu queria começar a compor novamente. O último trabalho que tinha feito com
Madonna foi The Immaculate Collection, mas foi só um mês e meio de trabalho com
a equipe da QSound. Eu sabia que poderia fazer algo melhor depois de Vogue e
Rescue Me, e comecei a compor algumas faixas com meu parceiro, Tony Shimkin. Eu
queria ter algumas canções para Madonna ouvir quando eu fosse a Chicago, onde
ela estava gravando Uma Equipe Muito Especial. Eu não tinha idéia se ela estava
planejando fazer um álbum a essa altura, mas, se eu não arriscasse, ela nem
planejaria.
Cheguei em Chicago em oito de julho e entreguei uma fita cassete a Madonna.
Eu pedi que ela ouvisse e me dissesse o que achou. Ela disse que ouviria no
carro, ou no trailer, assim que pudesse. Alguns dias depois, tive uma resposta
dela. Madonna gostou de todas as músicas - três das três. Eu decidi trabalhar
em mais algumas. Normalmente, quando eu sento para compor eu não tenho um
determinado artista em mente. Tem um momento num trecho da música, que ela
começa a ter uma identidade e penso,
"Isso tem a cara dessa pessoa". Algumas vezes, Cathy Dennis, Taylor
Dayne, ou Madonna poderiam ser inspirações para uma série de músicas.
O diário de Erotica - Entrada 2 [Outubro - Novembro 1991]
Madonna voltou a Nova Iorque e nós começamos a trabalhar nas ‘demos’ em meu
apartamento. É ótimo trabalhar em casa. Conveniente, aconchegante e não existe
aquele cruel ‘tempo de estúdio’. Além disso, se você acordar à meia noite e
tiver uma idéia, basta subir, ligar o equipamento, e fazer. Nosso esquema foi
meio esporádico no início. Eu trabalharia com ela durante uma semana e, em
seguida, ela trabalharia com Steve Meisel, em seu livro (Sex), nas duas semanas
posteriores. Eventualmente, Madonna encontraria com Andre Betts, o seu
co-produtor em Justify My Love. Enquanto ela estivesse fora, eu poderia
aproveitar o tempo produzindo outras faixas ou trabalhando nos materiais para
Cathy Dennis e Taylor Dayne. À essa altura, eu não queria saber de remixes, só
compor.
Deeper And Deeper, Erotica, Rain e Thief Of Hearts saíram na primeira leva
de canções que trabalhamos juntos. Eu fiz a música e ela, as letras. Às vezes,
eu dava algumas idéias poéticas e ela dizia: "Ah, isso é bom", ou
"Isso é péssimo". Lembro de quando dei algumas idéias para os versos
de Vogue e ela disse rispidamente "Isso é por minha conta".
Essencialmente, suas músicas são as suas histórias. Elas retratam as coisas que
ela quer dizer.
Eu fiz tudo no estúdio em cima de minha casa: teclados, linhas de baixo, e
vocais. Dependendo do meu humor, eu escolhia entre o Oberheim OB8, o Korg M3,
ou um Roland D-50. Para fazer os samplers, o Akai S1000 foi o nosso burro de
carga. Usamos ele para samplear a flauta de Words e as buzinas do Kool &
The Gang em Erotica.
Quando chegou a hora de gravar as ‘demos’, nós faríamos algo diferente na
última faixa usando alguns equipamentos. Nós teríamos que mixar as faixas 1 e 2
em estéreo e, em seguida, trazer os vocais de Madonna das faixas 3 a 7 –
primeira voz, segunda voz, harmonias, e os bases de fundo.
Noventa e oito por cento das vezes, a voz gravada no meu apartamento
serviram de voz-guia, a que se ouve no álbum. Levava de dois a três dias para se escrever uma canção do começo ao fim.
Ainda assim, algumas vezes, depois de prontas nós ainda queríamos mudar o rumo
da canção e fazíamos algumas perguntas a ela: Deve ter coro? Se sim, deve ser
coro duplo? Às vezes, Madonna me telefonava de madrugada e dizer "Shep,
acho que o coro fica bem com essa", ou "Eu odiei este verso, refaça a
batida dos baixos". Deeper And Deeper foi uma das faixas em que ela sempre
achava um problema. O meio da canção não estava funcionando. Nós tentamos fazer
diversas alterações, mas nada adiantava. Pra completar, Madonna ainda queria
que tivesse uma guitarra flamenca no meio da música. Não gostei da idéia de
tirar uma batida House e colocar La Isla Bonita o meio dela. Mas era isso que
ela queria, e foi isso que ela teve.
O diário de Erotica - Entrada 3 [December 1991]
"Eu detestei todas". Foi isso que ela me disse quando ouvimos a
primeira série de canções gravadas. Eu achei que estavam ótimas porque algumas
tinham um som House de Nova York e outras tinham a ‘vibe’ de Los Angeles.
"Se eu quisesse que o álbum soasse dessa forma, teria trabalhado com
Patrick Leonard em Los Angeles, ela me disse. Eu captei a mensagem rapidinho. Madonna
queria que Erotica tivesse uma textura mais crua, como se tivesse sido gravado
na 123rd Street, no Harlem. Ela não queria que nada brilhante invadisse seu
som. Eu voltei atrás no meu velho estilo de mixar, que usa bastante baixo, que
é analógico, direto na cabeça. Quando você tiver que gravar músicas para
Madonna, a atitude é: ou faça uma música de trabalho, ou ela não entrará no
álbum. É assim.
Geralmente, Madonna chegava em minha casa à tarde e nós trabalhávamos até
umas oito ou nove da noite. A improvisação vocal era feita em uma ou duas
passagens e quando íamos para a terceira ela pegava o microfone e dizia:
"Vamos nessa". Madonna tem uma memória incrível. Ela guarda a melodia
na cabeça e memoriza as palavras imediatamente. Além disso, ela não lê as
letras no papel enquanto está cantando.
Os problemas só aconteciam durante o sequenciamento, quando tínhamos de
fazer alguma coisa usando o Mac, o que levava algum tempo. Dois minutos depois,
Madonna perguntaria: "O que tanto vocês fazem aí, rapazes, que demora esse
tempo?" - e isso acontecia só após os primeiros minutos. Nós pedíamos pra
ela descer um pouco, fazer umas pipocas ou seus telefonemas, pra que pudéssemos
ajeitar a música, sem que ela gritasse cinco minutos depois: "Vamos lá, estou
ficando de saco cheio". Eu tinha que fazer as coisas andarem o mais rápido
possível porque uma das minhas funções era manter Madonna interessada no que
estava fazendo. Mas quanto mais a música se estendia, mais ela ia ficando
entediada. Definitivamente, essa não foi uma música pra cima. Talvez esse clima
tivesse inspirado canções como In This Life e Bad Girl porque elas foram
escritas em um tom mais grave. As narrativas de Madonna foram ficando muito
mais sérias e intensas e então ela levou a direção criativa das músicas para um
território profundamente pessoal.
O diário de Erotica - Entrada 4 [Janeiro - Fevereiro 1992]
Eu passei o Natal em férias na Jamaica e quando eu voltei, em dois de
janeiro, senti "Oh cara, eu não estou pronto para isso". Havia um
monte de faixas para trabalhar pra Madonna, mas tudo que eu tinha era a ‘vibe’
reggae martelando na minha cabeça. A Jamaica tinha realmente tido um impacto
sobre mim. Gravei a ‘vibe’ numa fita e mostrei pr Madonna, que imediatamente
tomou pra si. Depois fez todas as letras em cima, e a música se transformou em
Why Is It So Hard.
Depois de termos feito tudo pensamos: "E se nós chamássemos um rapper
jamaicano pra fazer algum improviso na gravação?" E encontramos esse cara,
chamado Jamaiki, que dirige uma gravadora jamaicana. Ele era uma cara enorme
com uma voz muito boa. Quando tentávamos explicar a canção pra ele, ele só
olhou para nós e disse: "Você tem algum rum aí, cara?" Até então,
Jamaiki, que estava deitado no meu estúdio, levantou pra dançar bebendo rum e
derramou ele por todo lado. Acabamos nem usando o trecho porque ficou grosseiro
para a faixa, mas foi um dia muito divertido – e completamente diferente.
A esse ponto, as pessoas começaram a perceber que Madonna estava
freqüentando meu apartamento. Seus fãs a esperavam do lado de fora, mesmo que
estivesse congelando, só para conseguir vê-la de relance ou conseguir uma foto.
Um dia, em que a conduzi até seu carro, percebi que o saguão da entrada estava
mais cheio de gente do que o normal. Pessoas pegavam as correspondências,
debruçavam no balcão ou estavam sentadas. Depois de tê-la levado para fora,
voltei para buscar o meu jornal e vi que já não tinha mais ninguém lá. Pessoas
desceram até a portaria apenas para tentar vê-la nem que fosse pelos cantos dos
olhos.
O diário de Erotica - Entrada 5 [Março 1992]
Agora eu já tinha consciência de que estávamos fazendo um álbum. Tínhamos 15
músicas gravadas e ela havia gostado de todas. A última canção que fizemos foi
para o filme Uma Equipe Muito Especial. Madonna só cantava a melodia várias
vezes no microfone Shure SM57 enquanto o Mac com Vision colocava, teclados,
piano e uma base de cordas. Tudo soava realmente atemporal, muito nostálgico.
Passei a noite toda preenchendo os versos, e a música se tornou This Used To Be
My Playground.
No dia seguinte em que "Playground" foi finalizada, Madonna foi
para Oregon para trabalhar em seu próximo filme Body Of Evidence, com Willem
Defoe. Isso me fez ganhar tempo para terminar alguns trabalhos para Cathy
Dennis e Taylor Dayne no Soundworks Studios, em Nova Iorque. O trabalho havia
crescido bastante desde o início do ano e não mostrava sinais de que iria
diminuir. Graças ao meu empresário Jane Brinton, fomos capazes de coordenar
todos os projetos, sem nenhum obstáculo.
O diário de Erotica - Entrada 6 [Maio 1992]
Eu me encontrei com Madonna no Conway Studios, em Los Angeles, para
finalizar as partes de orquestra em This Used To Be My Playground. Tivemos de
gravar uma versão maior do arranjo – e eu estava mais animado do que nunca.
Madonna me indicou Jeremy Lubock para fazer os arranjos porque ele já tinha
feito um ótimo trabalho com ela em I'm Breathless e foi altamente recomendado.
Tudo ia perfeitamente até que a orquestra tocou sua parte; não como tínhamos
escutado antes. Madonna e eu tivemos que mudar todo o arranjo, em pleno
estúdio, com uma orquestra completa sentada lá, tendo que pagar o espaço - US$ 15.000 por três horas, e US $3.000 para
cada meia hora extra. E é claro, Lubbock estava conversando com duas pessoas
que não distinguem um C de um B. A pressão estava completa.
Eu só consigo cantar as notas de ouvido, e foi isso que fiz. Madonna e eu
ficamos lá com meu Mac, cantando as notas, e Lubbock decifrava, "Ah, esse
é um G; Oh, esse é um B", e foi dessa forma que foi feito. Concluímos a
sessão em 2 horas e 58 minutos - a dois minutos do segundo tempo. O último dia
de gravação foi memorável. Madonna queria refazer os vocais novamente,
insistindo que cantaria melhor. E cantou. Ainda finalizei algumas montagens
antes de ir pra festa que Madonna estava dando em sua mansão em Hollywood.
O diário de Erótica - Entrada 8 [Junho - Julho 1992]
O cronograma de gravação no Soundworks, em Nova York, era mais ou menos
assim:
08 de Junho
- Erotica
09 de Junho - Words, Why It's So Hard
10 de Junho - Why It's So Hard; Thief Of Hearts
11 de Junho - Thief Of Hearts; Goodbye to Innocence
15 de Junho – gravar em 8 canais sem codificações
16 de Junho - Deeper And Deeper
09 de Junho - Words, Why It's So Hard
10 de Junho - Why It's So Hard; Thief Of Hearts
11 de Junho - Thief Of Hearts; Goodbye to Innocence
15 de Junho – gravar em 8 canais sem codificações
16 de Junho - Deeper And Deeper
Transferimos tudo que tínhamos de 8 canais pra 24 canais. Eu decidi produzir
as faixas em 15ips com o Dolby SR porque tem os graves mais profundos e era o
que eu queria alcançar em Erotica. Além disso, eu estava ouvindo alguns dos
meus antigos remixes, que foram gravadas em 15ips, e fiquei surpreso com o
quanto mais você pode sentir a música. Parece que os CDs lhe distanciam da
música, enquanto LPs colocam você dentro dela. Então, eu pensei: se eu quisesse
abusar desse clima LP, eu teria que “sujar” o CD, que é o principal formato
fabricados para o público americano hoje. Curiosamente, no nosso país não se
consegue adquirir um LP Erotica, enquanto que, no resto do mundo, é possível.
Dia sete de julho, fizemos um remix para Erotic, um hino sadomasoquista que
Madonna queria incluir no seu livro Sex. Ela achava que a mesma deveria soar
como Erotica (a música do álbum), com apenas uma base de baixo, a sua voz e
alguns sons do Oriente Médio. Mas, daí então, eu já tinha visto o livro e tido
uma idéia interessante.
"Você tem todas essas histórias ótimas no livro," eu disse a ela,
" e por que você não as utiliza na música?" Eu sabia que Madonna
estava pensando numa dominatrix dos anos 30 para o conceito de Erotica, mas eu
não tinha idéia de que ela iria tão longe até ver o Sex. Ele continha histórias
de autoria do seu misterioso alterego, Dita. Madonna pegou o livro e caminhou
pra fora da sala e só voltou uma hora e
meia depois. De repente, ela estava no microfone, falando no seu tom de voz
mais seco. "Meu nome é Dita", ela disse, "e eu serei sua amante
esta noite". Eu sabia que o Erotica original jamais seria o mesmo
novamente, e não foi. Os refrões e as passagens foram totalmente modificados e
toda a psiquê da canção se tornou mais excitante, a partir daí. Era como se
Dita tirasse o melhor dela. Na verdade, Dita serviu como um veículo para que
Madonna explorasse o território perigoso em que estava pisando. Esse era o nome
que Madonna usava quando estava hospedada em hotéis pelo mundo. Agora, não
mais. Quando chegou o dia dez de julho, eu senti meus 30 anos baterem com toda
força. Era o dia do meu aniversário – e eu ainda estava preso no estúdio com
Madonna, Tony Shimkin, e um balão em forma de palhaço – pra comemorar com eles.
Foi até divertido por uns cinco minutos, até Madonna dizer: "Shep, você
tem que voltar ao trabalho".
O diário de Erotica - Entrada 9 [15 de agosto de 1992,
Aniversário de Mo]
Uma das faixas, Goodbye To Innocence, não estava nos agradando. Havia algo
na música que Madonna não gostava, de modo que tivemos que resolver isso.
Trabalhei a noite toda no meu estúdio e voltei para Soundworks com uma nova
base de baixo que parecia melhor. Madonna coloca os fones e começa a por os
vocais em Goodbye To Innocence. Mas, ao invés de cantar a letra original,
escrita no ano anterior, Madonna começou a brincar com as palavras, cantando
por cima a letra do grande sucesso Fever. Na hora, pensamos: "Isso é
legal", e era. Ficou tão bom que decidimos ir mais longe e realmente fazer
um cover da música. O ruim era que ninguém sabia a letra. O que nós
precisávamos era de uma cópia de Fever se quiséssemos gravar tudo naquele dia.
Assim, Madonna ligou para Seymour Stein na Sire Records, e em uma hora,
tínhamos a letra impressa, a versão de Peggy Lee, e a versão original da música
em mãos. Fiquei realmente impressionado com a rapidez com que tudo aconteceu.
Essa foi a última faixa de Erotica e nós finalizamos as mixagens a tempo de
comemorar um outro aniversário – o de Madonna.
Naquela noite, ela comemorou o aniversário em um barco, ao redor de
Manhattan. Pense em cerca de 50 pessoas dançando em um barco com a discoteca
explodindo, para você ter uma idéia. Entre dançar e festejar, eu passei o tempo
que refletindo sobre o álbum. Eu estava certo de que estava diante de uma
grande seleção de canções, mas eu estava curioso para saber como as pessoas
reagiriam a ele. Definitivamente, era um álbum diferente para ela porque era um
álbum pop/dance, ao invés de só usar umas guitarrinhas em busca do Top 40 das
paradas. Essa foi uma decisão madura da sua parte porque parecia que quanto
mais exibida ela fosse, menos seus discos seriam vendidos. Desta vez, ela está
dando às pessoas o que elas querem.
O diário de Erotica - Entrada 10 [Setembro - Outubro 1992]
Após três meses e meio trabalhando no mesmo estúdio e ouvindo as mesmas
músicas, todos os dias, foi um alívio terminar o álbum. Tudo correu sem
problemas, exceto as duas últimas músicas, Why It's So Hard e Words, em ambas
tivemos que fazer mudanças. Em doze de setembro fui ao Soundworks com o master
completo de Erotica em mãos.
Um mês depois, fui para a festa Sex. A fase Erotica estava prestes a
começar, em forma de música, vídeo e livro, e uma infinidade de estrelas estava
vindo para a festa. A própria Madonna recepcionou as pessoas durante a
meia-hora. Eu penei bastante até encontrar com ela na cabine do DJ.
Havia uma atmosfera selvagem à nossa volta: pessoas se tatuando, casais
simulando sexo – uma loucura. E quando eu fui conversar com Madonna, que estava
no meio de tudo isto, as nossa conversa se transformou em música. Apesar de
toda essa multimídia extravagante chamando sua atenção, ainda assim isso (a
música) era o que importava e esse foi o disco que mais adoramos. Eu percebi
que não importava o quão longe eu tivesse ido, eu me sentiria da mesma maneira
que sempre fui.
Foi nessa hora que ela colocou as algemas em mim... NÃO!
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Preciso agradecer ao ique do blog IMAGEM MADONNA, pois foi de lá que eu trouxe esse tesouro de texto. Valeu mesmo, querido!
Até mais tarde, com mais comemorações!
Fonte : Imagem Madonna
liiindoooooo
ResponderExcluirAmo o álbum EROTICA, o melhor sempre na minha opinião. Conceitual, dinâmico , sensual e profundo. Há anos quando eu li os diários de Erotica fiquei fascinado, sempre imaginei como seria estar em um estúdio com Madonna, lembro que em uma matéria da Mtv nos anos 90, aqueles especiais que a emissora fazia para comemorar os aniversários de Madonna, Kurt Lorder dizia que existia um álbum gravado entre o Erotica e o Bedtime Stories e muuiiiiiitas gravações da época de ERotica guardadas. Ale Sagatto, vc acha possivel?
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